Conto Ilustrado: Barganha Sagaz

 [ALERTA DE GATILHO: CONTÉM ESTUPRO, SODOMIZAÇÃO, MIND BREAK, ESCRAVIDÃO E TRÁFICO HUMANO]

Autor: O Autor desse conto preferiu se manter anônimo.

Sinopse: Um Vendedor precisa quitar sua dívida com um gigantesco Orque, bruto, caçador e fodedor de viado, sem dinheiro para pagar o Orque o Vendedor acaba usando seu filho virgem como barganha e o dando como escravo, e assim tem sua cabeça poupada, que futuro aguarda o filhinho loiro do Vendedor nas mãos do guerreiro Orque?

Num depósito qualquer, atrás de uma estante de jarros, um homem caiu de joelhos com as mãos juntas e olhos arregalados. Ernest, o vendedor de óleos, poderia ter dívidas com qualquer um da feira ou até mesmo do país, exceto um orc. Todos sabiam disso: negociar com um orc é rentável, se conseguir arcar com o compromisso. E ali, naquela situação, Ernest sabia mais do que nunca que não conseguiria arcar com o seu.

Isso porque, de pé em sua frente, estava o imponente Borug. Era um ser extraordinário, quase tão comprido e largo quanto as estantes de madeira. Mesmo Ernest sendo alto ao lado daquele colosso parecia um poste fino. Como se o tamanho imenso não fosse suficiente por si só, Borug possuía outras características que os destacavam entre os humanos. A pele era verde em um tom vivo como esmeralda, coberta de pelos escuros em diversos lugares. No rosto, as írises eram totalmente negras, preenchidas por um brilho amedrontador. Um nariz largo e uma boca grande com presas subindo do lábio inferior emolduravam a expressão carrancuda.

O corpanzil estava entre forte e gordo, como quem era acostumado a lutar e comer bastante. Um peitoral musculoso e peludo se destacava acima da barriga
protuberante e redonda. Borug usava roupas típicas de seu povo, uma mistura entre peles de animais e tiras de couro. Uma faixa atravessava o peito, a qual servia de suporte para uma enorme maça nas costas. Na cintura, um amálgama de tecidos formava uma espécie de cinturão e saia que descia até os joelhos. Botas pesadas cobriam seus pés, que eram facilmente maiores que a cabeça de Ernest.

O orc grunhiu. As mãos enormes na cintura, observando aquela cena patética do humano ajoelhado à sua frente. O barulho da feira fora do armazém de óleos abafava a conversa, e talvez quaisquer sons de violência. Parecia ideal.

— Por favor, mais uma vez, eu suplico! — disse ao se arrastar aos pés de Borug.
— Você teve sua chance, humano. É o dia do pagamento, e não vejo nenhum
ouro.
— Já lhe falei! As vendas não foram tão bem quanto eu imaginava! M-mas
prometo que…— Sem mais promessas. — Borug disse, levando a mão ao cabo de sua maça.

Ernest engoliu em seco e começou a falar depressa, as gotas de suor empapando
sua roupa.

— Não, não! Espere! Só serve ouro? Eu posso lhe dar outra coisa!
Borug parou por um momento. Ergueu uma sobrancelha.
— A única coisa que une orcs e humanos é o dourado do ouro.
Ernest balançou a cabeça, tentando sorrir.
— Ora, caro amigo! Es-estou certo que não! Orcs e homens, dois povos há muito amigos e que, com certeza, partilham de muitos interesses! Um… Um… um cavalo, talvez?! O que me diz?!
Borug bufou, pondo a mão na madeira do cabo.
— Seus cavalos fracos? Sequer aguentam meu peso. Tenho javalis pra isso.
Suas últimas palavras, pequeno homem.
— Não, não, espere por favor! Não existe nada que eu possa lhe dar?! Nada que goste além de ouro?!
Borug ergueu a maça. No momento antes de descer, Ernest gritou:
— Tenho um filho!
O orc parou por um segundo.
— I-i-isso mesmo! Mão de obra barata! Você po-pode usá-lo como quiser!
Quando estiver satisfeito com seus serviços, pode devolv…
— Devolver?!
—N-n-n-não! Deuses, não! Quem falou em devolver?! É seu! Pode ficar, leve-o!
O orc bateu a maça na palma da mão, grunhindo baixo.
— Hmmm… Um escravo humano, não soa mal…
— Isso! Isso, um escravo prontinho pra uso! Pode levar!

Borug o olhou. Tremia e suava sem parar. Seria tão fácil esmagar sua cabeça ali
longe da vista de todos… Mas orcs eram leais a suas palavras e seus negócios. E aceitar a renegociação significava concordar com a nova troca: poupar a cabecinha daquele homem por seu filho.

— Feito.

Ernest riu e agradeceu sem parar. A euforia foi tanta que ignorou o cheiro das botas de Borug e as beijou incessantemente, até ser chutado para longe. Guido pôs o caldeirão recém-saído do forno em cima da mesa. Ouviu passos se aproximando da cabana e imaginou ser o seu pai, mas havia algo novo. Um som mais alto, como pisadas só que bem maiores. Engasgou quando viu aquele monstro verde se esgueirando pela casa. Apoiou-se no balcão atrás. Desde quando seu pai trazia colegas de negócio para a cabana?! A feira servia pra isso!

— Filho, quero que conheça Borug! Um grande amigo!
Guido assentiu, ainda de olhos arregalados.
— Olá.
— Você é meu.
A vertigem do jovem se intensificou. O que aquela coisa tinha acabado de
dizer?
— P-perdão?
— É isso mesmo, filho! — Ernest disse sorrindo, dando tapinhas no braço de Borug, que pareceu não se importar. O olhar estava fixo no jovem loiro à sua frente.
— Você pertence ao meu amigo aqui agora! Seja bonzinho e o acompanhe, sim?
— O-o que?! Você me vendeu?! Pra isso?!
— Ora, não seja bobo. Não te vendi! Eu troquei! Agora ande logo, o senhor Borug deseja usá-lo prontamente!
— Me usar?! — Guido gritou, ainda segurando com ambas as mãos o móvel atrás de si. — Como assim me usar?! Em que sentido?!
— Ora, e o que me interessa? Ele vai fazer o que bem entender. Agora, vá logo!

Antes que Guido pudesse responder, Borug, que tinha ficado quieto observando até então, foi à frente e puxou o pequeno rapaz. Em rápidos movimentos
arrancou as roupas de algodão com as fortes mãos verdes. O corpo liso de Guido foi desnudo, que nada pôde fazer contra a força sobre-humana de Borug. O pai observou a cena com um leve sorriso, aliviado por estar livre da morte certa.

— Pai! Não pode deixar isso acontecer! Mande-o parar! — gritou tentando se cobrir em vão. Ernest apenas balançou a cabeça e disse:
— Sinto muito Guido, não sou mais seu pai. Agora Borug é seu mestre. Faça boa viagem!

Em dias comuns, as pessoas do vilarejo poderiam encontrar Guido bem arrumado e cheiroso andando entre as ruas comprando coisas ou carregando itens
domésticos para sua cabana mais afastada das demais. Era um rapaz excepcionalmente belo, com um cabelo dourado como campos de feno e olhos azuis
como as águas cristalinas da baía. Seu porte já mostrava o porquê não trabalhava com o pai na feira vendendo óleos ou ia para o exército: era muito esguio e frágil. Mãos delicadas, uma cintura
modelada como de uma moça e pernas também bastante femininas…

Tinha esperança de que um dia ganhasse um pouco de corpo e conseguisse carregar vasos com o pai, mas aquilo agora parecia um plano distante. Porque aquele não era um dia comum. Lágrimas rolavam sem parar pelas bochechas já vermelhas, enquanto era levado nu em cima de um javali, pernas e braços amarrados. A barriga se apertava contra o couro da parte da cela que servia como cargueiro, e ele tinha que se esforçar pra não bater o rosto contra o pelo do animal abaixo. Vento corria por sua bunda exposta, redonda e leitosa como nenhuma outra. Sentia-se tão exposto, sendo carregado como alguma espécie de troféu ou
prêmio. A estrada por enquanto estava vazia, mas quando o vissem? Como reagiriam ao belo Guido, rendido por um monstro em cima de uma fera?

A paisagem mudou. A grama verde deu lugar a um solo pedregoso e cinzento, as árvores e arbustos foram se tornando cada vez mais ressecados e desfolhados. A terra parecia árida e Guido pôde ver algumas pilhas de ossos e lagartos correndo
entre as rochas. Um cheiro forte de carne assada tomou o ar e a barriga de Guido roncou, já que sequer tinha almoçado o que cozinhara. Mas algo naquele cheiro era de certa forma nauseante… Como se não fosse boi, e sim algum outro tipo de animal… não gostaria de descobrir.

Viu as altas estacas repletas de ossos, presas por cordas grossas e rústicas, que formavam a muralha mais grotesca que já vira na vida. Vários corpos e cabeças de soldados, mercantes e outros seres disformes estavam espetados em lanças na área. O intestino de Guido se revirou. Mesmo que nunca estivesse estado ali, sabia exatamente qual era o lugar.

A Vila dos Orcs. Borug derrubou o jovem Guido no chão de pedra da sua caverna. O rapaz olhou ao redor. Tudo estava girando e os cantos da vista estavam escurecidos. Viu uma série de estalagmites e estalactites por todo o lugar. Tentou se sentar, mas ainda estava amarrado, então virou de barriga pra cima. Respirou fundo, tentando se livrar da vertigem. Virou a cabeça. A caverna estava abarrotada de baús, armas, peles e tantos outros objetos que era difícil
distinguir, ainda mais naquele estado. Viu esparsas luzes nas paredes que jugou serem tochas, devido à luminosidade num borrão. Borug voltou com uma faca na mão. Guido suspirou fundo. O corpo dolorido da
viagem em cima do javali enorme somado às cordas fortes nas pernas e braços o impediam de fugir. Fechou os olhos. Ouviu um som de corte, mas não era de carne. Sentiu o ar tocar nas contusões e abriu um olho. Borug o libertara. Permaneceu deitado e nu, e teria continuado assim por horas, não fosse o chute do orc.

— De pé.

O rapaz o fitou. Estava de pé, impassível e gigante, como um predador implacável. Qual seria sua altura?
Dois metros e meio? Três?

— Agora. — Ele disse como um grunhido, chutando o braço de Guido mais uma vez.

O rapaz fez força pra se sentar, usando ambos os braços e toda a força do corpo. Estava exausto da viagem naquelas condições, e o rosto ainda ardia de tanto ter chorado. Se arrastou pela caverna de quatro por alguns metros até conseguir ficar de pé propriamente, com as costelas, as pernas e muito mais queimando de dor. Apoiou-se na parede de pedra, respirando fundo. Gritou ao sentir um puxão nos cabelos loiros.

Borug estava atrás, usando a mão potente para arrastá-lo. As mãos do rapaz automaticamente foram para as do orc, tentando em vão se livrar. O corpo se
debatia e lutava para manter as solas dos pés no chão. Guido foi levado para outra parte da caverna, menor e menos abarrotada. O corpo foi jogado pelo ar, caindo com força em algo lanoso. Passou os dedos, recobrando o ar. Era o pelo de algum animal
enorme que não reconhecia. Como as roupas do orc, aquilo era uma amálgama de pelos e couros. Era uma… Cama?

Algo pesado caiu no chão e Guido se virou. Era a cinta do peitoral de Borug. O peito verde e peludo agora estava totalmente exposto, redondo e largo. O orc pôs a mão na barra do cinturão e Guido arregalou os olhos, percebendo o que estava para
acontecer. Seu erro foi virar o rosto e tentar escapar se arrastando. O som do couro no chão soou pela caverna e foi fácil para Borug imobilizar Guido de costas. A bunda exposta e mais vulnerável do que nunca, o rapaz era um alvo fácil.

A mão de Borug cobriu o topo da cabeça do loirinho e os dedos verdes apertaram a testa e as laterais. A outra mão prendeu a cinturinha fina, afundando as
unhas negras na pele macia.


O som da cintura contra o rabo só nauseava mais Guido, que ainda chorava e gemia de dor. Aquela coisa verde estava acabando com ele, forçando todas as direções. Pensou que ia desmaiar mais de uma vez, mas sempre lhe vinha uma forte pontada de dor e com um grito recobrava totalmente a consciência. Algo quente escorreu por suas pernas. Líquido, descia pelas coxas branquinhas
e sumia por entre os pelos da cama. Sangue. Deuses, aquele orc estava lhe fazendo
sangrar.

— Pare, eu imploro, pare! Está me torando, pare orc! Po-por favor! — disse aos gritos, entre soluços e gemidos.

O orc pareceu não se importar e continuou metendo com força, forçando todo o corpo de Guido pra frente e pra trás. Guido olhou pra parede da caverna enquanto as lágrimas quentes rolavam. Já
não tinha mais noção de tempo. Ali dentro, era difícil dizer se tinham se passado minutos ou horas. E Borug ainda estava com o mesmo vigor do começo. O orc deitou-se por cima de Guido, o corpo imenso esmagando o frágil rapaz. O peitoral verde espremeu-se contra a cabeça do loiro, que teve que se esforçar para arranjar uma posição em que conseguisse respirar. Agora Borug enfiava ainda mais forte, usando o peso de sua cintura pra macetar o rabinho arrebitado com mais gosto.

Guido chorava baixo, mordendo o lábio, fechando os olhos e abrindo ocasionalmente. Não era um pesadelo, era a mais pura realidade. Tinha sido trocado, sabe-se lá pelo quê, para aquele monstro. E agora nada mais era que uma fêmea sem valor, algo pra copular. Uma puta feita pra levar pau de orc dia e noite. Espere, pensou Guido. Será mesmo dia e noite? E quando esse bicho se cansar? Serei mais um corpo no campo lá fora? Ele soluçou, sentindo o medo se aprofundar em seu peito. O que poderia fazer?
Não sabia a saída e, mesmo que conseguisse fugir, ainda estava numa fortaleza cheia de orcs. Borug grunhiu alto e acelerou o ritmo, quase esmagando a bunda e a cintura de Guido contra o chão. O pelo mal amenizava a dureza do chão. O loirinho gritou de
dor, sentindo a rola grossa do orc descer cada vez mais forte e dura.

Porra quente e espessa explodiu dentro de Guido, também irrompendo para todos os lados fora. A bunda, as costas e as coxas do loiro se melaram, bem como a barriga e a cintura de Borug. O líquido branco se misturou ao vermelho, descendo pelo cuzinho rosado de Guido. O rapaz gemeu e revirou os olhos, suspirando forte. Finalmente estaria livre daquilo, pelo menos por enquanto. Mas a dor na bunda não parou, nem Borug saiu de cima. Parou pra perceber que a rola continuava dura como pedra. Chorou alto quando o orc começou a meter mais uma vez.

Guido respirou fundo. Não fazia ideia quanto tempo aquilo durou, nem quantas vezes Borug gozou, ou como aguentou tudo lúcido. Preferia ter desmaiado, mas o pau sempre entrava com uma violência selvagem, o que ocasionava sua retomada de sentidos, para sua tristeza.


Quando os lábios rosados estavam ao redor da cabeça roxa do pau, Borug usou as duas mãos e puxou Guido. A rola entrou com força goela abaixo, e mesmo mole
ainda era colossal. Os olhos do loirinho se encheram de lágrimas enquanto se engasgava, mas Borug não aliviou. O rosto ficou cada vez mais vermelho, até
finalmente o mestre orc liberá-lo, para que conseguisse respirar um pouco antes de voltar a sua limpeza. Borug bateu a piroca pesada como um bastão na bochecha rosada de Guido.

— Continue.

O frágil humano assentiu e voltou a chupar e lamber seu proprietário. Num vilarejo distante dali um senhor loiro jantava feliz por ter sua cabeça no lugar. Comia e bebia cantarolando, no conforto de sua cozinha, aquecido por uma lareira e protegido por sólidas paredes de pedra. Mesmo o silêncio da casa não o
incomodava. Estar sozinho pela primeira vez em anos era realmente triste. Mas mais triste ainda seria se estivesse esmagado no fundo de um depósito.



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